domingo, 5 de outubro de 2014

MANOEL AMORIM

Ferroviário da Estrada de Ferro Sorocabana, trabalhando e residente em Presidente Prudente –Sp.,  era outro dos ferroviários com destacada atuação sindical, acusado de ser militante comunista, fato que o levou  ser demitido dos quadros da ferrovia, em 7 de outubro  1964, em decreto do governador Adhemar de Barros, com embasamento no Ato Institucional de 9 de Abril daquele ano. Por participar da UNIÃO DOS FERROVIÁRIOS DA ESTRADA DE FERRO SOROCABANA, tendo inclusive sido Delegado Regional em Prudente, e também das entidades que a antecederam na defesa dos interesses da classe ferroviária, era constantemente monitorado pelo Departamento de Ordem Política e Social – DOPS -.
Em 5 de fevereiro de 1948, o Delegado Regional de Polícia de Prudente, encaminhou uma listagem de elementos reconhecidamente comunistas na região e dentre eles constava Amorim, que a época exercia as funções de 2º guarda-chaves na ferrovia e em março deste mesmo ano, é novamente citado como comunista perigoso. Em 1953, era anotado em sua ficha, como um dos contribuintes do jornal comunista, Notícias de Hoje.
Registrada sua presença no II Congresso Estadual dos Ferroviários Paulistas, como um dos representantes da Sorocaba, congresso este realizado em Campinas, entre 13 e 16 de junho de 1963,
Em 29 de julho de 1963, era relacionado como agitador comunista e como Delegado Regional da UNIÃO em Prudente, estando igualmente relacionados os senhores: Geraldo Spindola, José Henrique,  Demostenes Basso e José Salas Molina, todos segundo Bispo Diocesano daquela cidade, Dom José de Aquino Pereira, envolvidos com o PCB. E,  em  5 de abril de 1964 e novamente era relacionado, dizendo que estava preso e iria ser recambiado para São Paulo, com a menção de que era agitador comunista e altamente perigoso. Depois do Golpe Militar, continuou atuando politicamente e constantemente era anotada sua presença, em reuniões do MDB.

AMORIM teve constante e destacada atuação, sempre coerente, em defesa da classe ferroviária e dos interesses populares, e é mais um daqueles demitidos em 1964, de quem não conseguimos maiores informações e esperamos que com a divulgação deste texto, consigamos localizar seus familiares e desta forma, recolocarmos seu nome na história dos defensores da liberdade e da democracia.

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