sexta-feira, 1 de maio de 2009

AFONSO ARANDA

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim".
Chico Xavier


Espanhol e guarda-chaves da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, e um dos fundadores do PCB na cidade de Bauru, e mesmo sendo operário era ligado as artes costumando reunir-se com pessoas amigas em sessões de leituras de poemas, peças de teatro e outras do gênero.
Foi um dos pivôs do confronto entre comunistas e integralistas na rua Batista de Carvalho, no ano de 1934, quando da visita do líder nacional integralista Plínio Salgado, ocasião em que uma bala disparada pelos integralistas matou um cachorro e a outra atingiu uma perna de Aranda. Na seqüência foi morto o integralista Nicola Rosica. Da morte do integralista, a direita até hoje chora suas lágrimas. Da perna de Aranda, e do inocente cachorro, alheio a briga dos humanos, propositadamente esquecem. Como sempre, a historiografia oficial trata deste assunto com a finalidade de demonstrar a extrema “violência” comunista.
Posteriormente, Afonso Aranda desligou-se da Estrada de Ferro Noroeste, quando da implantação da ditadura de Franco em sua terra natal, indo se incorporar as tropas rebeldes, participando ativamente da Guerra Civil Espanhola, na tentativa de derrubar a ditadura franquista.
Morreu em combate, na defesa intransigente da liberdade de seu povo, entretanto seu nome é sempre lembrado pelos velhos militantes que restam vivos e pelos que admiram a cultura na cidade, outrora Sem Limites, que se lembram dos “saraus” de poesia, realizados na casa do espanhol, na Vila Falcão. É mais um militante da classe trabalhadora, que merece uma pesquisa mais completa sobre suas atividades e principalmente, sua militância em defesa da classe trabalhadora, militância esta que resultou em diversas conquistas, que hoje são esquecidas tanto pelos sindicalistas como por aqueles que ainda dizem ser de esquerda.

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