sexta-feira, 1 de maio de 2009

ARTHUR SOARES

“Para nosotros, la Patria es la América”
Simon Bolívar, 1814.

Ferroviário da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, militante da Associação Profissional dos Ferroviários da NOB, radialista e seresteiro. Sem maiores implicações com a militância política, sem pertencer ao Partido Comunista, acabou por ser levianamente denunciado no pós-golpe de 1964, permanecendo preso por quinze dias na Cadeia Pública de Bauru. Amigo, solidário, leal, continuou na cidade, sempre passeando pelo centro da cidade, com seu conhecido paletó. Ria muito, quando era lembrado da prisão e afirma que esta serviu para que lhe fornecessem um Atestado de Boa Conduta, pois reviraram sua vida de pernas para o ar, e nada encontraram que pudesse vir a compromete-lo em atividades do então proscrito Partido Comunista Brasileiro. Muito embora, denunciado indevidamente para a polícia política, merece estar na galeria dos heróis anônimos da cidade de Bauru, pelo seu altruísmo, senso de humanidade e de amizade. Não era e nunca foi comunista, mas era um grande amigo. Perseguido e preso indevidamente, por obra dos eternos inimigos da classe trabalhadora, naquele momento político encarnados na FAC – Frente Anti-Comunista.

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