sexta-feira, 1 de maio de 2009

TITO BATTINI

Criado em Bauru, onde começou a escrever em jornais aos quatorze anos de idade. Trabalhava como aprendiz de tipógrafo no jornal bauruense " Correio da Manhã", de propriedade de Manoel Sandim. Seu primeiro artigo publicado tinha o título de " Não a Guerra" e fazia críticas ao envio de brasileiros para os campos de batalha durante a Primeira Grande Guerra Mundial. Crítico, excelente texto, rapidamente Battini conquistou seu espaço na imprensa local.
Amigo de Correa das Neves, Manoel Sandim e outros jornalistas bauruenses que viam em Battini um futuro brilhante dentro do jornalismo. Testemunhou o início das atividades dos comunistas nesta cidade e acompanhou de perto as atividades dos anarquistas, estando sempre presente em suas reuniões como acompanhante do pai.
Em seu livro “Memórias de um Socialista Congênito", publicado pela Editora da Unesp, trás histórias interessantes sobre o início do século passado em Bauru e região.
Saiu de Bauru, aconselhado por amigos e jornalistas que diziam o mesmo estar correndo risco de vida, haja vista, ter sido ameaçado por duas vezes pelo então prefeito municipal Eduardo Vergueiro de Lorena, tendo este inclusive sacado de um revólver durante um baile de aniversário da cidade, ameaçando e buscando intimidar o jovem jornalista. Foi trabalhar como escriturário da Companhia de Cigarros Souza Cruz, na capital do Estado. Perseguido constantemente pela polícia política em razão de suas posições socialistas, Battini escreveu diversos livros e ganhou diversos prêmios literários por todo o Brasil. Sempre na defesa da classe trabalhadora e na luta pela libertação do povo brasileiro, Battini escreveu uma bela história de vida na resistência a tirania, com certeza será sempre lembrado por todos aqueles que defendem a liberdade e como um grande jornalista que iniciou sua carreira em nossa cidade.

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